CONSIDERAÇÕES EM RELAÇÃO À COMUNICAÇÃO COM O IDOSO

 

 

 

Imaginem um Dentista que gastou horas explicando um plano de tratamento e seus riscos a um paciente de 75 anos. Esse paciente volta daqui a 2 semanas e pergunta o que o CD pretende realizar e qual o plano de tratamento. Por exemplo: você explica que uma nova prótese total inferior com um rebordo completamente raso pode aumentar a estabilidade, mas não a retenção.O CD instala a prótese e o paciente vem daqui a uma semana e diz:“-Doutor,esta prótese não segura nada, esta pior do que que eu fiz a 20 anos atrás! “. Um CD pode gastar horas (considerando várias Consultas) com um paciente de 70 anos ensinando como escovar corretamente para remover a placa na vestibular de molares superiores e lingual de incisivos inferiores.O paciente retorna depois de um tempo e vê que a higiene bucal não melhorou em nada . Isto pode chegar até o ponto dela dizer que nunca foi instruída sobre remoção de placa.

 

Há um problema de comunicação neste caso?

Este problema é com quem passa ou com quem recebe a informação? A própria mensagem é problemática.

 

 Alguns pacientes vão expressar claramente suas preocupações, insatisfação e queixas enquanto outros podem não ser tão articulados na comunicação por causa das perdas memoriais e cognitivas.

Comunicação é o processo da transmissão, percebendo e interpretando informações através de canais verbais e não verbais.

Pacientes podem mascarar as  emoções ou negar a dor e ansiedade no momento em que o CD percebe a dor e pergunta. Isto é muito comum em pessoas idosas que cresceram numa era em que a expressão das emoções era inaceitável e que era considerado um sinal de auto-controle.

 

A comunicação adequada facilita a escolha do plano de tratamento, evita erros na manutenção feita em casa pelo paciente. Isto é importante para pacientes de qualquer idade, mas especialmente para idosos, devido à proporção de doenças crônicas que ocorrem na velhice que podem dificultar a comunicação.

 

Nossos CDs, THDs e ACDs são preparados para ter sensibilidade aos fatores culturais e históricos, das crenças sobre saúde bucal e da prática que estes idosos têm em relação ao tratamento, de maneira a estabelecer a melhor forma de  comunicação verbal e não verbal.

 

Hoje estudamos o que motiva o paciente a manter cuidados de higiene em casa, a buscar consultas de prevenção e manutenção, evitando que procure o CD somente em caso de emergência.

 

 

 

TRATANDO DO PACIENTE DIFÍCIL

 

 

 

 

Ao longo dos anos podem aparecer alguns pacientes que são difíceis de tratar . Às vezes sem dar conta aceitamos realizar trabalhos em pacientes “dificil”, que vai nos desgastar psicologicamente além de que o trabalho clínico tera grande chance de  “falhar”.

A identificação precoce do paciente “dificil” é essencial , bem como um plano para lidar com este tipo de paciente.

 

 

Identificando um paciente dificil :

 

-História de tratamento por muitos profissionais.

-Na história verificamos que foram a muitos Dentistas , Médicos e Especialistas.

-Podem trazer na sacola muitas Próteses.

-Têm história de refazer várias vezes a mesma coroa ou veneer.

-Opiniöes negativas sobre muitos profissionais que o atenderam .Ao fazer o exame o CD verifica trabalhos relativamente bem feitos pelo outro profissional ,mas o paciente continua dizendo que o trabalho anterior foi mal feito e que o profissional não era bom . Ele acha que você poderá satisfazê-lo com um trabalho melhor.

-Pacientes insistentes ou ate irritantes .Alguns pacientes acham erroneamente

que quanto mais exigentes eles forem melhor cuidado terão.O contrário é o verdadeiro.

Com certeza você será influenciado para tentar fazer o melhor,mas isto nem sempre irá agradá-lo . Em vez de ficar irritado,respire fundo e escute as queixas do paciente .Se a queixa não for real, a possibilidade de satisfazer o paciente é mínima .

-Paciente trata grosseiramente a auxiliar , mas e calmo e respeitoso com o dentista .Sua ACD/Secretária deve alertá-lo quando perceber que o paciente será problemático estando apenas alguns minutos com ele . Se o relacionamento com a equipe é tenso , com certeza atitudes negativas em relação ao CD irão acontecer. 

-Historia de processos com outros profissionais . Se o paciente se deu ao trabalho de processar legalmente outros profissionais , não seja NAIF de achar que você será poupado.

-Pacientes que conhecem termos odontologicos acima do normal .Tomar cuidado porque podem ter uma obsessão e um interesse muito acima do normal por problemas

odontológicos.

-Se o paciente relatar apenas problemas crônicos e experiências negativas você será apenas

mais um da lista.

 

 

 

 

 

 

 

Tratando do “paciente dificil“                                  (foto24 – AD39)

 

Identificar um paciente dificil não é tão complicado como tratá-lo.

O que fazer?

 

-Consulta inicial-Exame clínico .Deve-se conversar mais com este paciente do que com um paciente normal.Deve-se deixar que o paciente exponha as suas preocupações em vez de ir direto ao tratamento.O CD deve gastar um tempo extra visando evitar problemas futuros.

O problema pode ser mais psicológico do que clínico.

-Contactar Dentistas ou Medicos que ja atenderam o paciente . Dar um telefonema para outro profissional que o conhece é excelente.Você poderá perceber se o problema era o Dentista ou o paciente e voçe deverá antecipar o desafio psicológico.Por outro lado voçê poderá verificar se o paciente é realmente”problema”. História de pacientes que fazem escândalos podem ser relatados.

-Obter consentimento por escrito .

-Ser realista com o paciente .

-Faça primeiro um procedimento simples para ver como o paciente reage .

-Cuidado para näo realizar discriminaçäo . Deve-se agir discretamente , evitando recusar pacientes por raça , cor ou nacionalidade.

 

 

 

 

 

 

 

 

 


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