CÂNCER BUCAL

Sirtori(1971) -   Explicar o Câncer é explicar o absurdo .

 

“Como entender que mil e quinhentos bilhões de células não consigam sobrepor-se a um pequeno conjunto de células atípicas,anormais e malignas?”

 

 

CÂNCER

 

Características de um tumor maligno:

1-alteração celular

2-capacidade de invadir estruturas vizinhas

3-capacidade de produzir metástases

 

Alteração celular

-conduta biológica diferente da célula normal

-perde capacidade de viver associativamente e torna-se autônoma

-escapa dos mecanismos reguladores que  coordenam o organismo

-crescimento celular descontrolado com proliferação sem propósito

 

VAN DER WAAL(1974)-interferem na produção de metástases:

-redução da adesividade entre as células

-capacidade de propagação progressiva e destruição

  de células normais

-capacidade de produzir substâncias tóxicas

-tamanho do tumor

-manipulação do tumor

 

 

CÂNCER DOENÇA LOCAL OU GERAL?

 

1º FASE LOCAL

Ação de substância cancerígena

 

FASE GERAL OU SISTÊMICA 

- toxicidade gerada pelo tumor (polipeptídeo killer de Sylver)

-desnutrição

-senilidade(redução nas gamaglobulinas e defesas linfáticas)

-stress(reduz as defesas imunitárias)

-aparecem metástases – carcinoma – via linfática

- sarcoma – via sanguínea

 

SEMIOLOGIA DO CÂNCER DE BOCA

 

O importante é o diagnóstico de câncer ocorrer em estágio inicial.

A pedra angular do diagnóstico do câncer bucal é o exame bucal metódico e sistemático.

 

LESÃO INICIAL

-aparência inocente

-assintomática

-pequena área:avermelhada, branca

-pequeno nódulo ou saliência tecidual
-úlcera rasa,não infiltrada

 

Duração entre sinais e sintomas e diagnóstico – 6 meses

 

CÂNCER DE BOCA 
 

Mais de 90% dos tumores malignos da boca  -CARCINOMA ESPINOCELULAR

 

Desenvolvimento inicial-indolor , pequena úlcera percebida acidentalmente

 -ulcerações da superfície epitelial com fundo necrótico e bordas elevadas.

Ocorre em consequência da necrose de parte do parênquima  tumoral que cresce rápido  e não é acompanhado pelo conjuntivo, falta vascularização e ocorre morte tecidual .

 

 

 

 

As vezes há um sinal inicial em forma de nódulo cervical (cadeias jugulo carotídeas,submandibulares)  Características do gânglio metastático:

 

-aumento de volume

-consisitente à palpação

-duro ou lenhoso          

-irregular

-indolor

-fixo às estruturas adjacentes

 

 

 

FAIXA ETÁRIA:

40 a 60 anos de idade                            

 

 

 

SINAIS E SINTOMAS: SILVERMAN  em 776 casos de carcinoma epidermóide encontrou :

-dor 60%

- ulceração 52%

-aumento de volume 50%

-disfagia 11%

-sangramento 8%

 

 

O CÂNCER TEM FORMAS:

 

-tipo histológico

-localização anatômica

-tamanho e extensão p/áreas vizinhas

-sinais:sangramento, dor anorexia, perda de peso, perda de função de 1 órgão

 

ASPECTO RADIOGRÁFICO

 

Se o carcinoma invade o tecido ósseo:

-osteólise(sombra radiolúcida com bordas mal definidas)

-tábuas corticais reabsorvidas(quando envolvidas)

-mostram erosão

-não aparece osteosclerose em torno da lesão (tumor cresce rapidamente)

 

Também pode-se observar :

-dentes-deslocados da posição original

-ausência de reabsorção radicular

-desaparecimento do suporte ósseo dos dentes

-deslocamento dental,grande mobilidade

-bordas radiográficas com aspecto de roído de traça

 

 

TRATAMENTO DO CÂNCER BUCAL:

 

 

O tratamento do Câncer bucal é apenas um:O PRIMEIRO.

 

Tipo histológico determina o planejamento terapêutico.

 

MAIORIA DOS CASOS-IDEAL-CIRURGIA

Apesar a mutilação as conseqüência sistêmicas são  menos importantes que a quimioterapia ou radioterapia.

 

 
 

Prevenção do Câncer Bucal  
 

O câncer de boca ocupa uma posição de destaque entre os tumores malignos do organismo devido a sua relativa incidência e mortalidade. A prevenção e o diagnóstico precoce podem ser realizados pelo cirurgião dentista através dos seguintes procedimentos: correto exame clínico; afastamento dos fatores co-carcinógenos; diagnóstico e   tratamento das lesões cancerizáveis; exames complementares (principalmente biópsia e citologia exfoliativa) e orientação e estimulação ao auto-exame.

O que são e quais são os fatores co-carcinógenos?

São fatores que predispõem o paciente a desenvolver um tumor maligno; na boca, podemos citar principalmente o etilismo (álcool) e o tabagismo (cigarro, cachimbo, etc...), as condições precárias de higiene (dentes quebrados, raízes residuais, tártaro, etc...) e as próteses  inadequadas ou em más condições (dentaduras e pontes fraturadas ou que causam ferimento).

O que são lesões cancerizáveis?

São enfermidades bucais que, quando não tratadas, podem evoluir para um câncer.

   

 

O que causa o câncer bucal?

A etiologia (causa) é desconhecida, porém, alguns fatores são relacionados ao aparecimento dessas lesões. Os principais são: tabagismo, etilismo, traumatismo mecânico, e nos cânceres de lábio inferior, também se pode citar os raios solares.

Como o cigarro atua?

Durante o ato de fumar, são liberados inúmeras substâncias químicas junto à fumaça, algumas reconhecidamente cancerígenas. Outra ação seria o calor produzido principalmente pelo cachimbo.

Como se faz auto-exame e o que procurar?

Diante do espelho, com uma boa iluminação, deve-se inspecionar e palpar todas as estruturas bucais e do pescoço. Durante o auto-exame, os principais indícios a serem observados são: feridas que permanecem na boca por mais de 15 dias, caroços (principalmente no pescoço e embaixo do queixo), súbitos mobilidade dental, sangramento, halitose, endurecimento e ou perda de mobilidade da língua. É importante frisar que a dor pode ser um sinal de lesão avançada.

Qual o perfil do paciente com câncer bucal e qual a região mais atingida?

Geralmente são homens (86,07%), com idade entre 45 e 55 anos, branco (84,84%) e tabagista (95,08%). a região da boca mais atingida é a língua, seguida do assoalho bucal e lábio inferior.

Como é feito o diagnóstico?

O diagnóstico é simples. Após o exame clínico, o profissional, suspeitando de um tumor maligno, realiza uma biópsia, que consiste na remoção de um pequeno fragmento da lesão para posterior exame microscópico.

Como é feito o tratamento?

O tratamento pode ser realizado através de cirurgia, radioterapia e quimioterapia, podendo ser associados ou não.

Existe cura para o câncer?

Sim, e quanto mais cedo for diagnosticado (diagnóstico precoce), maiores são as chances de cura, sendo as seqüelas menores e, portanto, maior qualidade de vida.

 

Guia do Auto-Exame
 

Faça regularmente um auto-exame

1. Em frente a um espelho, verifique se em seu rosto, pescoço e lábios existem manchas ou feridas que não cicatrizaram há mais de 15 dias. Verifique também, nos dois lados do pescoço, se há caroço duro, fixo e indolor.

2. Com a boca aberta, tire dentaduras ou pontes móveis, puxe os lábios e verfique-os. Eles devem estar com aparência lisa e vermelha, sem manchas, feridas ou irritações.

3. Ainda com a boca aberta, observe o lado de dentro das bochechas e gengivas dos dois lados, que também devem estar livres de manchas, feridas ou irritações. Observe também os seus dentes.

4. Incline um pouco a cabeça para trás, sempre olhando para o espelho. Abra um pouco mais a boca, coloque a língua para fora, observe o céu da boca e, mais atrás, a entrada da garganta.

 

5. Ponha a língua para fora, observe em cima e em baixo. Com uma gaze ou pano puxe a língua para os lados à procura de manchas brancas, feridas ou se há a dificuldade de movimentações. Observe ainda, securas exageradas na boca ou a presença de sangue na saliva.

 

CÂNCER DE BOCA 

 

 
 

 

O câncer de boca é uma doença que aflige idosos em grande proporção.


No caso de câncer bucal, o paciente,  infelizmente por ignorância, tenta resolver o problema por soluções caseiras, indicadas por “comadre ou vizinha”, que apenas faz com que seja perdido um tempo precioso para realizar um tratamento realmente eficaz.

Mais de 75% dos casos de câncer são influenciados, diretamente ou não, por fatores externos. Interessante que 90% dos tumores relacionados à boca são de epitélio e localizados. Isto mostra que o câncer bucal pode ser evitado ou diagnosticado precocemente, possibilitando êxito no tratamento.

Sem dúvida nenhuma, o câncer bucal constitui problema de Saúde Pública, devido aos seguintes elementos: número de pessoas atingidas, severidade dos danos causados pela doença, possibilidade de atuação eficaz e grande interesse da população com relação ao assunto. Frente a esses indicadores, considerou-se o câncer bucal como problema de Saúde Pública por constituir causa comum de morbidade e mortalidade, apesar de haver métodos eficientes e eficazes para sua prevenção e controle.

São muitas as dificuldades para o tratamento das manifestações avançadas do câncer, por ser uma doença extremamente complexa. Ainda não dispomos de métodos para controlá-la.

Sem dúvida, os principais fatores que podem controlar o câncer são a prevenção e o diagnóstico precoce.

Infelizmente é inexpressiva a quantidade de casos que chegam aos hospitais com chances de tratamento com sucesso absoluto. Na maioria das vezes, os pacientes vão aos hospitais com a doença avançada, metástase e propagação geral. Isto acontece devido ao desconhecimento da população com relação aos agentes cancerígenos, e a falta de preparo por parte dos profissionais que não interpretam corretamente as manifestações clínicas iniciais, que são aparentemente muito inocentes.

É um erro dizer  a pacientes que apresentam lesões na boca: “a feridinha desaparecerá com o tempo” . Isto dá uma idéia de falsa segurança. O que se deve é buscar o DIAGNÓSTICO correto. Felizmente a grande maioria de casos de lesões na boca NÃO são de câncer.

Em suma, em todas as ocasiões em que se aborda a prevenção da cárie e doença periodontal, é perfeitamente viável a inclusão de informações sobre prevenção do Câncer de Boca.

Quando o paciente faz uma consulta precoce, apresentando lesão inicial, e é submetido a uma conduta clínica correta, há 100% de possibilidade de cura. Nos casos em que o diagnóstico é feito com a lesão avançada, o paciente em geral vai a óbito em menos de 5 anos.

O fundamental é a prevenção, ou seja, instruir o paciente para evitar hábitos que possam levá-lo a desenvolver um câncer de boca.

 

 

AGENTES CANCERÍGENOS RELACIONADOS AO CÂNCER DE BOCA

 

Certos agentes cancerígenos associam-se com a incidência de câncer bucal, associados a fatores do hospedeiro e meio-ambiente

 

RAIOS SOLARES

Muitas situações colaboram para a potencializarão dos raios solares como agentes causadores do câncer de pele e do lábio inferior. Deve ser levado em conta o tempo de exposição, o tipo de radiação, bem como o comprimento de onda da radiação, a hora do dia, o ângulo de incidência, a latitude e principalmente, a suscetibilidade individual.

                                                                                                 

Por esta razão, observa-se a incidência de câncer de lábio em agricultores, marinheiros, pescadores, etc., que trabalham expostos aos raios solares.

Se estes indivíduos vivem em regiões quentes e tem pele clara, ele têm grande possibilidade de apresentar câncer de pele e de lábio.


FUMO

Não há nenhuma dúvida quanto à correlação entre hábitos relacionados com o consumo de tabaco e câncer de boca. Laringe, pulmão e esôfago.

Aconselhamos a utilização de material educativo para enfatizar bem este ponto.

O cigarro, devido ao calor e aos produtos químicos, produz uma alteração das células, propiciando o processo de queratização e aparecimento de leucoplasias. A literatura mostra que 6% das leucoplasias evolui para câncer. Podem também aparecer eritroplasias, e carcinoma baso e espinocelulares.

Os seguidores da religião adventista do 7º dia, proíbem o uso de tabaco e álcool por convicções religiosas. É interessante notar que os adventistas do 7º dia apresentam menos incidência de câncer bucal que a população em geral.

Quanto maior o tempo do hábito de fumar, maior é o risco de aparecimento de câncer.

Se o indivíduo, além de fumar, beber também, as chances de risco para câncer de boca aumentam muito.

É significativo o registro de câncer de lábio no Brasil entre os fumadores de cigarro de palha. Nestes casos, há irritação química, ocasionada pelos produtos da combustão do tabaco, física, pelo calor e mecânica, pelas estriações da palha de milho. É significativo o número de casos de câncer em fumantes de qualquer tipo de cigarro, não apenas de cigarro de palha.

 

                                                                                                  

ÁLCOOL

A ingestão prolongada de bebidas alcoólicas é um fator que colabora no aparecimento do câncer do soalho de boca e língua. O consumo de álcool de forma crônica, principalmente na forma de cachaça, uísque ou vinho, contribui para o aparecimento do câncer de boca. O álcool tem ação local, por ser irritante de mucosas e também sistêmica, por diminuir a resistência imunológica. Por esta razão, uma pessoa que está fazendo uso de antibiótico é desaconselhada a ingerir álcool. Se o alcoólatra for fumante também, aumenta significativamente o risco de aparecer um câncer de boca, pois o álcool e o fumo, juntos, potencializam seu efeito.

 

FATORES NA OCORRÊNCIA DE CÂNCER BUCAL

 

RAÇA

O câncer de pele e lábio tem grande relação quanto ao tipo de pele do paciente.

A melanina é um pigmento que protege a pele das radiações solares, e os indivíduos de raça negra tem grande quantidade de melanina, que os protege do sol.

Em contrapartida, quanto mais clara a pele, maior a suscetibilidade ao câncer de pele e lábios, principalmente nos albinos. As pessoas de pele branca tem grande suscetibilidade aos raios solares, e portanto, maiores chances de desenvolver um câncer de pele.

Os descendentes de europeus, em especial os agricultores da região Sul do país, devem ter muito cuidado na proteção ao sol. Por esta razão, é bastante grande a ocorrência de casos de câncer de pele nesta região e neste Estado principalmente.



IDADE          

O câncer bucal aparece em pessoas acima de 40 anos, sendo a maior ocorrência registrada em pessoas na 6ª e 7ª décadas de vida.

O processo se inicia, na realidade, muitos anos antes, por esta razão a prevenção deve começar cedo. O ideal seria educar as crianças nas escolas. Para que desde pequenos aprendam a proteger-se dos agentes cancerígenos.





CONDIÇÃO SÓCIO-ECONÔMICA 

 

É lógico que alguém que trabalhe em precárias condições de proteção à saúde, com baixos salários (péssima moradia e alimentação), com pouca cultura no que se relaciona à Saúde, tem maior suscetibilidade a sofrer doenças que uma pessoa bem alimentada, que vive de forma adequada. O câncer de boca é mais comum em pessoas de baixa condições sócio-econômicas, mas aparece em todas as classes sociais.

 


Fatores imunológicos 

Que há fatores imunológicos e individuais não há dúvida, o difícil é conhecer com precisão as características imunológicas que podem levar ao aparecimento do câncer.

Sabe-se que os alcoólatras tem imunidade diminuída. Pessoas que sofreram transplantes renais ou outros, são obrigadas a tomar imunomoduladores para evitar a rejeição do órgão transplantado,  e infelizmente este medicamento diminui a resistência imunológica do paciente, tornando-o suscetível ao aparecimento de câncer.

Pacientes que sofrem de doenças auto-imunes e são obrigados a tomar corticóides por longos períodos, são suscetíveis pela mesma razão. Quanto menor a resistência imunológica, maior é a probabilidade de aparecer câncer

 

 


SEXO

O câncer bucal aparece mais no sexo masculino que no feminino.

Aparece mais nos homens devido ao hábito do fumo e do álcool, que são mais freqüentes que nas mulheres. Convém lembrar que a maior liberalidade verificada entre as mulheres nas últimas décadas (principalmente com relação ao uso do álcool e do fumo) colocam-nas mais próximas de agentes cancerígenos. Poderá, em breve, haver uma diminuição da diferença de casos entre os sexos.

 


PROFISSÃO

As pessoas que trabalham expostas às radiações solares, podem apresentar ressecamento do lábio inferior, com a existência de lesões de hiperqueratoses ou leucoplasias. Estas lesões podem evoluir para câncer.

Especial cuidado devemos ter ao tratarmos de agricultores, pescadores, marinheiros, motoristas, etc., sempre orientando-os sobre o cuidado de usar agentes protetores, como chapéus de abas largas e cremes protetores. Nestes indivíduos, o exame bucal deve ser feito com redobrado cuidado.

 

 


LOCALIZAÇÃO ANATÔMICA

Nos casos de câncer de boca, a língua é a área bucal mais atingida, seguida pelos lábios, palato, bochechas, região retromolar e soalho da boca.

Acreditamos que os carcinomas de lábios são os mais comuns, mas nem sempre são registrados por serem removidos facilmente por uma pequena cirurgia a nível de ambulatório, não sendo nem registrados estes casos.

Como os casos de câncer de língua são muito mais freqüentes, deve-se ter cuidado redobrado durante o exame da língua dos pacientes.

O exame bucal é um exame tão simples, rápido e eficiente na detecção do câncer. Justamente pela sua simplicidade deveria ser muito mais valorizado.


 


HISTÓRICO NATURAL DA DOENÇA – CÂNCER DA BOCA  

  

Hoje em dia há uma grande tendência em abordar-se a história social da doença, pois a doença ocorre devido à falta de informação da comunidade em geral, baixo nível sócio-econômico e cultural, falta de controle do meio ambiente. Não há dúvidas que os fatores “sociais” são determinantes no aparecimento da doença.

 



ALGUNS TIPOS DE CÂNCER

(Citaremos apenas os mais freqüentes)

CARCINOMA EPIDERMÓIDE (ESPINO-CELULAR). 

 

Apresenta-se sob a forma de uma lesão única e ulcerada. Seu fundo é irregular e grosseiramente granuloso. As bordas são nítidas e durante a palpação percebe-se um endurecimento. A palpação em geral é indolor ou discretamente dolorosa.

Como o próprio nome diz, o carcinoma epidermóide ou espino-celular origina-se da transformação maligna das camadas de células espinhosas do epitélio de revestimento.

 

 


CARCINOMA BASO-CELULAR  

Ocorre em geral na mucosa do lábio inferior de pessoas que se expõem ao sol. Clinicamente é similar ao carcinoma espino-celular. Em geral, não há sensibilidade. Como o próprio nome sugere, origina-se da transformação maligna da camada basal de células. Clinicamente a diferença entre este carcinoma e o anterior é que este em geral Não dá METÁSTASE, sendo o prognóstico, portanto, mais favorável.

 

 


CARCINOMA “IN SITU” 

O carcinoma “in situ” se caracteriza pela presença de células malignas presentes nas camadas do epitélio, sem infiltração no conjuntivo. Pode apresentar-se sob a forma de lesão vermelha ou branca                             

A vantagem de diagnosticar-se um “carcinoma in situ” é que, pelo fato de apresentar-se no epitélio e não ter invadido o conjuntivo, não ocorre possibilidade de haver metástase. Quando o diagnóstico for feito enquanto o carcinoma for “in situ” o prognóstico é muito favorável.

 

 


SARCOMA DE KARPOSI

É um tumor de origem mesenquimal. Origina-se da proliferação de células malignas dos vasos sangüíneos, Por esta razão, apresenta-se com a coloração avermelhada, arroxeada ou azulada. A lesão inicial apresenta-se sob a forma de mancha, que vai evoluindo para placa, nódulo e massa nodular. Portanto, pode aparecer sob a forma de manchas/placas, nódulos avermelhados ou azulados. Estas lesões podem aparecer antes na boca que na pele. Muitas vezes atingem órgãos

internos, levando o doente à morte. Incluímos esta doença nesta apostila, pela alta freqüência com que a mesma vem aparecendo em pacientes com AIDS ou portadores do vírus HIV.

 

EFEITOS DA RADIOTERAPIA 

A grande maioria dos pacientes com câncer de boca que se submetem à radioterapia afeta as glândulas salivares, que por sua vez são prejudicadas, diminuindo o fluxo salivar. Esta diminuição na quantidade de saliva, torna o paciente muito suscetível à cáries de colo rampantes. Deverão ser dados cuidados de higienização bucal muito mais rigorosos que em pacientes comuns. Extrações dentárias em áreas irradiadas também podem ocasionar osteorradionecrose, por isso o paciente deve extrair os dentes, quando indicado, antes de se submeter à radioterapia. Fluorterapia intensiva é indicada em pacientes submetidos à radioterapia de cabeça e pescoço.

 


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