![](images/consult.gif)
AVALIAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA EM
ODONTOLOGIA PUBLICA
![](fotos3/estudo43.jpg)
A DENTISTA EXPRESSO oferece método para
pesquisa epidemiológica das doenças bucais em Saúde Pública
Roteiro para realização dos exames clínicos
para o estudo epidemiológico da situação bucal em Saúde Pública
REALIZAR
CALIBRAGEM:
1º) REPRODUTIBILIDADE INTRA –
EXAMINADOR:
a)
Um dentista examina
10 indivíduos para familiarizar-se com o preenchimento da ficha.
b)
O mesmo cirurgião
dentista examina 20 indivíduos e com um intervalo de 30 minutos
examina novamente o grupo. Deve-se comparar os 2 exames e
avaliar a variabilidade diagnóstica do próprio examinador. A
concordância deve estar na faixa de 85-95%.
2º) REPRODUTIBILIDADE INTER –
EXAMINADOR:
a) Cada dentista examina 10 indivíduos para
familiarizar-se com o preenchimento da ficha.
b) Cada dentista examina mais 20 indivíduos.
Estes mesmos indivíduos são examinados por todos os cirurgiões
dentistas examinadores. Avaliar em porcentagem a concordância
dos resultados.
Caso a prevalência de cárie seja
baixa, é mais confiável usar o kappa estatístico.
O kappa estatístico é relacionado
com a mensuração real da concordância com o grau de concordância
que deveria ter ocorrido por acaso. O valor do kappa pode ser
calculado a partir da tabela abaixo:
![](fotos/avalia75.gif)
a = proporção
dos dentes em que ambos os examinadores concordam que sejam
hígidos.
b = proporção
de dentes que o examinador 1 considera hígido e o examinador 2
considera cariado.
c = a
proporção de dentes que o examinador 1 considera cariado e o
examinador 2 considera hígido.
d = a proporção de dentes que
ambos os examinadores consideram cariados.
A fórmula é:
kappa = Po - Pe
1 – Pe
onde:
Po
= a proporção de concordância observada, isto é (a + d) ;
Pe
= a proporção de concordância que seria esperada aleatoriamente,
isto é, (a + c) x (a + b) para os dentes hígidos, e (b + d) x (c
+ d) para os dentes cariados.
Assim,
Pe
= (a + c) x (a + b) + (b + d) x (c +
d) (2).
(a + b
+ c + d)2
Quando existe
uma concordância total, kappa = 1. Quando existe uma
discordância total, isto é, a + b = 0. Um valor > 0,8 indica uma
boa concordância; de 0,6 a 0,8 uma concordância substancial; e
de 0,4 a 0,6 uma concordância moderada (3).
Ficha de Avaliação de Saúde Bucal
A
ficha padrão para avaliação da saúde bucal foi idealizado para a
coleta de todas as informações necessárias para o planejamento
dos serviços de saúde bucal. A ficha inclui as seguintes seções:
-
informações para identificação na pesquisa;
-
informações gerais;
-
exame extrabucal;
-
avaliação da articulação temporomandibular;
-
mucosa bucal;
-
IPC (condição periodontal, anteriormente chamado de Índice
Periodontal Comunitário das Necessidades do Tratamento ou IPCNT);
-
perda de inserção;
-
condição dentária e necessidade de tratamento;
-
condição protética;
-
necessidade protética.
Codificação para os dentes
permanentes.
Nome
O nome do indivíduo deverá ser
escrito em letra de fôrma, iniciando-se pelo último sobrenome.
Avaliação Clínica
A fim de assegurar que todas as
condições sejam detectadas e diagnosticadas, é recomendado que o
exame clínico siga a ordem do formulário de avaliação.
Exame
extrabucal
(campo 32)
O exame
extrabucal deveria ser realizado na seguinte seqüência:
(a)
exame geral das
áreas de pele expostas (cabeça, pescoço, membros);
(b)
áreas da pele ao
redor da boca (nariz, bochechas, mento);
(c)
linfonodos (cabeça,
pescoço);
(d)
Porções cutâneas dos
lábios superior e inferior;
(e)
Comissuras labiais e
bordos do vermelhão dos lábios;
(f)
Articulação
temporomandibular (ATM) e região da glândula parotídea.
Os seguintes códigos e critérios
são utilizados:
0.
Aparência extrabucal
normal.
1.
Ulceração, feridas,
erosões, fissuras – cabeça, pescoço, membros.
2.
Ulceração, feridas,
erosões, fissuras – nariz, bochechas, mento.
3.
Ulceração, feridas,
erosões, fissuras – comissuras labiais.
4.
Ulceração, feridas,
erosões, fissuras – bordo do vermelhão do lábio.
5.
Cancro oris.
6.
Anormalidades dos
lábios, superior e inferior (por exemplo, fendas).
7.
Linfonodos
enfartados – cabeça, pescoço.
8.
Outros inchaços da
face e maxilares.
9.
Não registrado.
Avaliação
da articulação temporomandibular (campos 33-36)
Sintomas
(campo 33).
Os seguintes códigos e critérios são utilizados:
0.
Sem sintomas.
1.
Ocorrência de
estalidos, dor ou dificuldades na abertura ou fechamento da boca
uma ou mais vezes por semana.
9. Não registrado.
Sinais
(campos 34-36).
Os seguintes códigos e critérios são utilizados:
0.
Sem sinais.
1.
Ocorrência de
estalido, sensibilidade (à palpação) ou mobilidade mandibular
reduzida (abertura
< 30 mm).
9.
Não registrado.
Estalidos
(campo 34) de uma ou ambas as articulações temporomandibulares.
O estalido é
avaliado diretamente por um som agudo audível ou pela palpação
das articulações intermandibulares.
Sensibilidade (à palpação) (campo 35) dos músculos temporal e/ou
masseter em um ou ambos os lados.
A sensibilidade deve ser avaliada
pela palpação unilateral com pressão bidigital firme, exercida
duas vezes sobre a porção mais volumosa dos músculo. A
sensibilidade é registrada somente se a palpação provoca
espontaneamente um reflexo de afastamento.
Mobilidade
mandibular reduzida – abertura de < 30 mm (campo 36).
Tomada como a distância entre os
bordos incisais dos incisivos centrais superiores e inferiores.
Geralmente, em um adulto, a mobilidade mandibular é considerada
reduzida caso o indivíduo não seja capaz de abrir a boca em uma
amplitude de 2 dedos.
Mucosa
bucal (campo 37-42)
Um exame da mucosa bucal dos
tecidos moles dentro e ao redor da boca deve ser feito em todos
os indivíduos. O exame deve ser abrangente e sistemático, e
realizado na seguinte seqüência:
(a)
lábio e mucosa da
porção anterior da boca (superior e inferior);
(b)
porção anterior das
comissuras labiais e mucosa da porção posterior da boca (à
direita e à esquerda);
(c)
língua (superfícies
dorsal e ventral, bordos);
(d)
assoalho da boca;
(e)
palato duro e mole;
(f)
rebordos
alveolares/gengiva (superior e inferior).
Para a retração dos tecidos
podemos utilizar dois espelhos clínicos ou um espelho e o cabo
de uma sonda periodontal. Os campos 37-39 devem ser utilizados
para o registro da ausência, presença ou suspeita de presença
das condições codificadas de 1 a 7 para as quais os
profissionais que realizam o exame podem fazer hipóteses
prognósticas e para as quais eles deveriam ficar alertas durante
os exames clínicos. O código 8 deve ser utilizado para o
registro de uma condição não mencionada na lista pré-codificada;
por exemplo, a leucoplasia pilosa ou o sarcoma de Kaposi. Sempre
que possível, uma hipótese diagnóstica deve ser especificada no
espaço fornecido.
Os códigos e
os critérios são:
0.
Sem condições
anormais.
1.
Tumor maligno
(câncer bucal).
2.
Leucoplasia.
3.
Líquen plano.
4.
Ulceração (aftosa,
estática, traumática).
5.
Gengivite necrosante
aguda.
6.
Candidíase.
7.
Abcesso.
8.
Outra condição (se
possível, especificar).
9.
Não registrado.
A principal localização das lesões
mucosas bucais deve ser registrada nos campos 40 a 42 como se
segue:
0.
Bordo do vermelhão
dos lábios.
1.
Comissuras labiais.
2.
Lábios.
3.
Sulcos.
4.
Mucosa vestibular
posterior.
5.
Assoalho da boca.
6.
Língua.
7.
Palato duro e/ou mole.
8.
Rebordos alveolares
/ gengiva.
9.
Não registrado.
Por exemplo, caso uma pessoa tenha
leucoplasia tanto na mucosa vestibular posterior quanto nas
comissuras labiais, a codificação deve ser a seguinte:
![](fotos/avalia76.gif)
De maneira semelhante, quando uma
pessoa tem câncer bucal nas comissuras labiais e no lábio
inferior, e candidíase na língua, a codificação deve ser a
seguinte:
![](fotos/avalia77.gif)
MUCOSA BUCAL
Líquen
Plano – código 3
É preciso ter
em mente que a lesão elementar do LÍQUEN é a pápula
branca. Por esta razão, uma das formas mais comuns é a
reticulada, ou seja, detecta-se uma REDE composta por
pápulas que se juntam e dão este aspecto. Aparece em geral na
mucosa jugal. Podem dar o aspecto de placa ou estrias, mas
lembre-se, o fundamental é buscar a pápula! Na forma
atrófica e erosiva aparecem ulcerações, mas deve-se procurar a
pápula, que sempre está presente no líquen.
Ver foto.
CÂNCER
BUCAL – código 1.
A chance de
encontrar uma lesão de câncer é muito baixa. Caracteriza-se por
ser uma úlcera, geralmente com o centro necrosado e com as
bordas elevadas, a pique. Caracteriza-se por mover-se em bloco
quando é palpada (isto indica que há raízes do tumor crescendo
para o interior dos tecidos vizinhos).
LEUCOPLASIA
– código 2
São lesões na
forma de PLACAS BRANCAS não removíveis por raspagem. Ao
deparar-se com uma lesão branca, deve-se raspá-la com o próprio
espelho clínico. No caso da mesma não destacar-se, é grande a
chance da mesma ser uma leucoplasia / hiperqueratose. No caso do
fumante, verificar com cuidado o palato e a língua.
CANDIDÍASE
– código 6.
No caso de
detectar uma lesão branca, deve-se raspá-la com o espelho
clínico. Se ela se destacar e aparecer um fundo vermelho e
sangrante, está realizado o diagnóstico clínico da candidíase.
No caso da pseudomembrana esbranquiçada que foi destacada,
estabelece-se o diagnóstico clássico da candidíase – com aspecto
de "leite coalhado". Na maioria das vezes, devido aos movimentos
da boca e autóclise, a pseudomembrana destaca-se sozinha.
Aparecendo um eritema difuso sem bordas regulares e muitas vezes
acompanhado de pontos avermelhados. Esta é a candidíase
eritematosa difusa, e é bem comum sob próteses totais
superiores.
ULCERAÇÃO
(AFTA OU HERPES)
A afta –
ulceração aftosa recorrente, manifesta-se sob a forma de
ulceração (em geral arredondada), esbranquiçada, envolta por um
halo avermelhado. Aparece somente em mucosa não
queratinizada.
Herpes labial
recorrente – aparece geralmente no lábio sob a forma de uma ou
mais bolhas que se arrebentam e dão lugar à uma crosta.
GENGIVITE
NECROSANTE AGUDA
Esta gengivite
caracteriza-se pelo desaparecimento de papilas gengivais devido
à necrose, coloração muito avermelhada da gengiva, mau hálito,
sensação de cunha entre os dentes e gosto metálico na boca.
OUTROS
Hiperplasia
causada por prótese:
É muito comum
no Brasil o uso de próteses mal adaptadas. Uma prótese feita
adequadamente em consultório particular têm um custo muito alto
para os padrões brasileiros, o que obriga os trabalhadores a
buscarem soluções alternativas, nem sempre tão eficientes.
O movimento de
báscula associado a sobre-extensões destas próteses, causa
estímulos mecânicos nos tecidos bucais, especialmente o rebordo
alveolar. Deste rebordo começam a crescer projeções de tecidos,
caracterizando a hiperplasia focal fibrosa inflamatória
protética.
Tumores
benignos e granulomas
piogênicos
A presença de
lesões na forma de nódulos será bastante encontrada.
Caracterizam-se por crescimentos arredondados e avermelhados,
que se originam em geral da gengiva inserida.
Índice
Periodontal Comunitário (IPC) (campos 54-59)
Indicadores:
Três indicadores das condições periodontais são utilizados para
esta avaliação: sangramento gengival, cálculo e bolsas
periodontais.
Uma sonda
leve, especialmente idealizada para o IPC com uma ponta esférica
de 0,5 mm é utilizada, com uma faixa preta entre 3,5 e 5,5 mm e
anéis de 8,5 e 11,5 mm da ponta esférica.
Sextantes:
A boca é dividida em seis sextantes definidos
pelos números dentários: 18-14, 13-23, 24-28, 38-34, 33-43 e
44-48. Um sextante deve ser examinado somente se houver dois
dentes ou mais presentes, os quais não estiverem indicados para
exodontia. (Observe: esta instrução substitui a instrução
anterior que dizia para serem incluídos dentes remanescentes
únicos em sextantes adjacentes)
Dentes
indicadores: Para os adultos com idades de 20 anos ou
mais, os dentes a serem examinados são:
![](avaliacao_epidemiologica_arquivos/image003.gif) 17
16 11 26
27
47
46 31 36
37
Os dois
molares em cada sextante posterior são pareados para o registro
e, caso um esteja ausente, não existe substituição. Caso não
existam dentes indicadores presentes em um sextante qualificado
para o exame, todos os dentes remanescentes naquele sextante são
examinados e o índice mais alto é registrado como o índice para
o sextante. Neste caso, as superfícies distais dos terceiros
molares não devem ser classificadas.
Para
indivíduos abaixo da idade de 20 anos, somente 6 dentes
indicadores – 16,11, 26,36,31 e 46 – são examinados. Esta
modificação é feita a fim de evitar o registro do aprofundamento
de sulco associado com s erupção, classificando-o como bolsa
periodontal. Pelo mesmo motivo, quando crianças com menos de 15
anos são examinadas, as bolsas periodontais não devem ser
registradas, isto é, somente o sangramento e a presença de
cálculos devem ser levados em consideração.
Verificação
de bolsas gengivais e cálculos:
O dente
indicador deve ser sondado, utilizando-se a sonda como um
instrumento "sensor" para a determinação da profundidade da
bolsa periodontal e para a detecção de cálculos subgengivais e
de sangramento pela sondagem. A força de sondagem não deve ser
superior a 20 gramas. Um teste prático para o estabelecimento
desta força é a colocação da ponta da sonda sobre a unha do
polegar, pressionando-a até que ocorra o empalidecimento. Para a
pesquisa dos cálculos subgengivais, deve ser utilizada a menor
força possível que permita a movimentação da força esférica da
sonda ao longo da superfície dentária.
Quando a sonda
é inserida. A ponta esférica deve seguir a configuração
anatômica da superfície da raiz dentária. Caso o paciente sinta
dor durante a sondagem, isto será indicativo da utilização de
força excessiva.
A ponta da
sonda deve ser inserida suavemente no sulco gengival ou na bolsa
e a extensão total do sulco ou da bolsa sondados. Por exemplo, a
sonda é colocada na bolsa periodontal na superfície
distovestibular do segundo molar, o mais próxima possível do
ponto de contato com o terceiro molar, mantendo a sonda paralela
ao longo do eixo do dente. Então a sonda é movimentada
suavemente, com movimentos curtos, para cima e para baixo, ao
longo do sulco vestibular ou da bolsa periodontal até a
superfície mesial do segundo molar, e a partir da superfície
distovestibular do primeiro molar até a área de contato com o
pré-molar. Um procedimento semelhante é realizado para as
superfícies linguais, iniciando-se distolingualmente ao segundo
molar.
Exame e
registro:
Os dentes indicadores, ou todos os dentes
remanescentes no sextante quando não houver dente indicador,
devem ser sondados e o índice mais alto registrado no campo
adequado. Os códigos são:
0.
Hígido.
1.
Sangramento
observado, diretamente ou pela utilização de um espelho clínico,
após a sondagem.
2.
Cálculos detectados
durante a sondagem, mas toda a faixa preta da sonda visível.
3.
Bolsa periodontal de
4-5 mm (margem gengival dentro da faixa preta da sonda).
4.
Bolsa periodontal de
6 mm ou mais (faixa preta da sonda, não visível).
X. Sextante excluído (menos de dois dentes
presentes).
9.
Não registrado.
Estes códigos são ilustrados na
Lâmina 4 e na figura 3.
Perda de
inserção (campos 60-65)
Informações sobre a perda de
inserção são coletadas a partir dos dentes indicadores a fim de
obtermos uma estimativa da destruição acumulada durante a vida
útil da inserção periodontal. Isto permite comparações entre
grupos populacionais mas não pretende descrever a extensão total
da perda de inserção de um indivíduo.
A maneira mais confiável de
examinarmos a perda de inserção em cada sextante é registrarmos
este valor imediatamente após o registro do índice IPC para
aquele determinado sextante. Os valores mais altos para o IPC e
a perda de inserção podem não necessariamente ser encontrados no
mesmo dente em um sextante.
A perda de
inserção não deve ser registrada em indivíduos abaixo de 15
anos.
Fig.3.
Exemplos de codificação de acordo com o índice periodontal
comunitário, mostrando a posição da sonda IPC.
As medidas de
profundidade de sondagem das bolsas fornecem alguma indicação da
extensão da perda de inserção. Esta mensuração não é confiável
quando existe retração gengival; isto é, quando a junção
amelocementária (JAC) está visível. Quando a JAC não está
visível e o mais alto índice IPC para um sextante é menor que 4
(profundidade de sondagem menor que 6 mm), qualquer perda de
inserção para aquele sextante é estimada em menos de mm (índice
da perda de inserção = 0). A extensão da perda de inserção é
registrada utilizando-se os seguintes códigos (ver Fig.4):
0.
Perda de inserção de
0-3 mm (JAC não visível e valor do IPC de 0-3).
Caso a JAC
não seja visível, e o valor do IPC seja 4, ou se a JAC
for visível:
1.
Perda de inserção de
4-5 mm (JAC dentro da faixa preta).
2.
Perda de inserção de
6-8 mm (JAC entre o limite superior da faixa preta e o anel de
8,5 mm).
3.
Perda de inserção de
9-11 mm (JAC entre os anéis de 8,5 e 11,5 mm).
4.
Perda de inserção de
12 mm ou mais (JAC além do anel de 11,5 mm).
X. Sextante excluído (menos de dois dentes presentes).
9.
Não registrado (JAC
não visível e nem detectável).
Fig. 4.
Exemplos de codificação para a perda de inserção com a sonda
IPC.
Condições
dos dentes:
Tanto letras
quanto números são utilizados para o registro das condições
dentárias. Os campos 66-97 são usados para os dentes superiores,
e os campos 114-145 para os dentes inferiores. Os mesmos campos
são utilizados para registro tanto dos dentes decíduos quanto
dos dentes permanentes sucessores. Deve ser feito um registro em
cada campo pertinente à condição coronária e radicular.
![](fotos/avalia78.gif)
Os critérios para o diagnóstico e
codificação são:
0.
Coroa hígida:
Uma coroa é
considerada hígida caso ela não apresente evidências de cáries
clínicas tratadas ou não.
A coroa é também classificada como hígida
quando apresenta:
-
manchas brancas ou porosas;
-
manchas com alteração de coloração ou rugosidade que não sejam
amolecidas ao toque por uma sonda IPC metálica;
-
fóssulas ou fissuras pigmentadas no esmalte sem sinais visíveis
de esmalte socavado, ou amolecimento do assoalho ou paredes
detectáveis com a sonda IPC;
-
áreas escuras, brilhantes, duras, pontilhadas de esmalte em um
dente, apresentando sinais de fluorose moderada à severa;
-
lesões que, baseando-se em sua distribuição ou história clínica,
ou ao exame visual / tátil, parecem ser devidas à abrasão.
Raiz hígida:
Uma raiz é
considerada hígida quando está exposta e não apresenta
evidências de cáries clínicas tratadas ou não.
(Raízes não expostas são codificadas como 8.)
1.
Coroa cariada:
A cárie é
considerada presente quando uma lesão em uma fóssula ou fissura,
ou em uma superfície dentária lisa, tem uma cavidade
inconfundível, esmalte socavado, ou um assoalho ou parede
detectavelmente amolecido. Um dente com uma restauração
provisória, ou que está selado [código 6(F)], mas também
cariado, também deveria ser incluído nesta categoria. Nos casos
em que a coroa tenha sido destruída por cáries, e somente a raiz
tenha restado, a cárie é considerada como tendo originado-se na
coroa, e portanto somente classificaremos como cárie coronária.
A sonda IPC deveria ser utilizada para confirmar as evidências
visuais de cárie nas faces oclusal, vestibular e lingual. Quando
houver qualquer dúvida, a cárie deveria ser registrada como
presente.
Raiz cariada: A cárie é considerada presente quando
as lesões se apresentem amolecidas ou borrachóides à sondagem
pela sonda IPC. Caso a cárie radicular seja discreta,
oriunda da coroa e requerer um tratamento separado, deve ser
considerada como cárie radicular. Para as lesões cariosas
únicas, afetando tanto a coroa quanto a raiz, o local
provável de origem da lesão deveria ser considerado como
cariado. Quando não for possível julgar o local de origem,
tanto a coroa quanto a raiz devem ser consideradas cariadas.
2. Coroa
restaurada, com cárie: Uma coroa é considerada restaurada,
com cárie, quando tiver uma ou mais restaurações permanentes e
uma ou mais áreas que estão com cáries. Não é feita qualquer
distinção entre as cáries primárias e secundárias (ou seja, o
mesmo código aplica-se caso as lesões por cárie sejam ou não
associadas especialmente com as
restaurações).
Raiz
restaurada, sem cárie: Uma raiz é considerada sem cárie,
quando uma ou mais restaurações permanentes estão presentes
e não existe cárie em nenhum ponto da raiz.
No caso
de restaurações envolvendo tanto a coroa quanto a raiz,
o julgamento quanto ao local de origem é mais difícil. Para
quaisquer restaurações envolvendo tanto a coroa quanto a raiz,
o local mais provável da lesão cariosa primária é considerado
como restaurado. Quando não é possível julgar o local de
origem, tanto a coroa quanto a raiz deveriam
ser consideradas como restauradas.
4. Dente
ausente como resultado de cárie: este código é utilizado
para os dentes permanentes ou decíduos que tenham sido extraídos
devido à cárie e é registrado na condição coronária.
Observação: A condição radicular de um dente que tenha sido
classificado como ausente devido à cárie deve ser codificada
como "7" ou "9".
Por uma questão de conveniência, nas arcadas desdentadas
totais, um único código "4" deve ser colocado nos campos 66 e 81
e/ou 114 e 129, quando adequado, e os dois números respectivos
devem ser ligados com linhas retas.
5. Dente
permanente ausente, por qualquer outra razão: este código é
utilizado para os dentes permanentes considerados congenitamente
ausentes, ou aqueles extraídos por razões ortodônticas, ou
devido às doenças periodontais, traumatismo, etc. Assim como
para o código 4, dois códigos 5 grafados podem ser unidos por
uma linha nos casos de arcadas desdentadas totais.
Observação: A condição radicular para um dente classificado
como 5 deveria ser codificada em "7" ou "9".
6. Selante
de fissura:
Este código é
utilizado para os dentes nos quais foi colocado um selante de
fissuras na superfície oclusal; ou para os dentes nos quais a
fissura oclusal foi amplamente aumentada por uma broca esférica
ou "em chama de vela", com a aplicação de resina composta. Caso
um dente com selamento esteja cariado, ele deveria ser
codificado como 1 ou B.
7. Dente
suporte de prótese, coroa protética ou faceta: Este código é
utilizado para a condição coronária, a fim de indicar que um
dente faz parte de uma prótese parcial fixa, isto é, é um dente
suporte de prótese. Este código também pode ser utilizado para
coroas protéticas colocadas por outras razões que não a cárie e
para recobrimentos facetados e laminados na face vestibular de
um dente no qual não existam evidências de cáries ou de uma
restauração.
Observação: Os dentes ausentes substituídos por pônticos de
próteses são codificados como 4 ou 5 quanto à condição
coronária, enquanto a condição radicular é codificada como 9.
Implante:
Este código é utilizado para a condição radicular, a fim de
indicar que um implante foi usado como suporte de prótese.
8.
Coroa não erupcionada:
Esta
classificação está restrita aos dentes permanentes e é utilizada
somente para um espaço dentário com um dente permanente não
erupcionado mas sem um dente decíduo. Os dentes classificados
como não erupcionados são excluídos de todos os cálculos
relativos à cárie dentária. Esta categoria não inclui os dentes
com ausência congênita, nem os dentes perdidos por traumatismo,
etc. Para um diagnóstico diferencial entre os dentes ausentes e
não erupcionados, ver o código 5.
Raiz não exposta: Este código indica
que a superfície radicular não está exposta, isto é, não existe
retração gengival além da JAC.
T (T)Traumatismo
(fratura): Uma coroa é classificada como fraturada quando
parte de sua superfície está ausente como resultado de um
traumatismo mas sem evidência de cáries.
9.
Não registrado:
Este código é utilizado para quaisquer dentes permanentes
erupcionados que não possam ser examinados por qualquer razão
(por exemplo, devido à presença de bandas ortodônticas,
hipoplasias severas, etc.).
Este código é
utilizado para a condição radicular a fim de indicar ou que o
dente foi extraído, ou que está presente o cálculo em uma
extensão tal que torne impossível o exame radicular.
Necessidade
de tratamento dos dentes individuais:
Os
profissionais que realizam os exames são encorajados a utilizar
seu próprio critério clínico quando da tomada de decisões sobre
o tipo de tratamento que seria o mais adequado, baseando-se em
qual seria o tratamento provável.
Os dados sobre
a necessidade de tratamento são de grande valor ao nível local e
nacional, pois eles fornecem uma base para a estimativa dos
requisitos de recursos humanos e os custos de um programa de
saúde bucal sob as condições locais previstas.
O tipo de
tratamento necessário deve ser registrado (campos 98-113 e
146-161). Caso não seja necessário qualquer tratamento, colocar
o código "0".
Os códigos e
critérios para a necessidade de tratamento são:
0.
Nenhum.
(Sem tratamento). Este código é utilizado caso uma coroa e uma
raiz estejam ambas hígidas, ou caso decidamos por não realizar
qualquer tratamento naquele dente.
P.
Tratamento preventivo, para controlar a cárie.
1.
Restauração em uma
única face.
2.
Restaurações em duas
ou mais faces.
Um dos códigos
P, 1 ou 2 devem ser utilizados para indicar o tratamento
necessário para:
-
tratar cárie inicial, primária ou secundária;
-
tratar descoloração de um dente, ou um defeito de
desenvolvimento;
-
tratar lesões devidas a traumatismo, abrasão, erosão ou atrito;
-
substituir restaurações ou selantes insatisfatórios.
3.
Coroa protética por
qualquer motivo.
4.
Restauração facetada
ou laminada (pode
ser recomendada por razões estéticas).
5.
Tratamento pulpar e
restauração:
Este código é utilizado para indicar que um dente
provavelmente necessita de tratamento pulpar antes da
restauração simples ou protética, devido à uma cárie profunda ou
extensa, ou devido à mutilação ou traumatismo do dente.
Observação:
sonda nunca
deve ser inserida na profundidade da cavidade a fim de
confirmar a presença de uma exposição pulpar suspeita.
6.
Exodontia:
O dente é
classificado como "indicado para exodontia" dependendo das
possibilidades de tratamento disponíveis, quando:
-
a cárie destruiu tanto o dente que ele não pode ser restaurado;
-
a doença periodontal evoluiu tanto que o dente tem mobilidade,
dor ou problemas funcionais, e no critério clínico do
profissional que realiza o exame seu estado funcional não pode
ser resgatado;
-
um dente necessita de exodontia para criação de espaço para uma
prótese; ou
-
a exodontia é necessária por motivos ortodônticos ou estéticos,
ou devido à impacção.
7/8.
Necessidade de outros tratamentos: O profissional que
realiza o exame deve especificar os tipos de tratamento e para
os quais os códigos 7 e 8 são empregados. A utilização desses
dois códigos deve ser reduzida ao mínimo.
10.
Não registrado.
Condições protéticas (campos 162 e 163)
A presença de próteses deve ser
registrada tanto para a maxila quanto para a mandíbula (campo
162, maxila; campo 163, mandíbula). Os seguintes códigos são
fornecidos para isto:
0.
Sem próteses.
1.
Prótese facial
fixa.
2.
Mais de uma
prótese parcial fixa.
3.
Prótese parcial
removível.
4.
Tanto próteses
parciais fixas quanto removíveis.
5.
Prótese total
removível.
6.
Não registrado.
Necessidade protética (campos
164 e 165)
Deve ser realizado um registro
para a maxila e outro para a mandíbula sobre a necessidade
percebida de próteses (campo 164, maxila; campo 165, mandíbula),
de acordo com os seguintes códigos:
0.
Sem próteses.
1.
Necessidade de
prótese unitária (substituição de um dente).
2.
Necessidade de
prótese com múltiplos elementos (mais de um dente substituído).
3.
Necessidade de
associação de próteses unitárias e próteses múltiplas.
4.
Necessidade de
prótese total ( substituição de todos os dentes).
11.
Não registrado.
Estas informações
foram obtidas no site:
http: //
www.whocollab.od.mah.se/expl/orhsurvey
97.
html –
Extracts of the Fourth edition of "Oral Health Surveys – Basic
Methods", Geneva, 1997.
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